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Tem sido difícil ter que sobreviver com essa sensação de tempo perdido, e ao mesmo tempo, uma sensação de não ter tempo suficiente pra perder, minha vida tem sido assim um paradoxo, ao mesmo tempo em que espero ansiosamente pelo futuro, tenho um medo absurdo do que está por vir. Isso é estranho, e me pergunto se as outras pessoas se sentem da mesma maneira, tenho medo de ser a única, de ser louca ao mesmo tempo em que quero ser incomparável e insubstituível, mas me lembro que ninguém é insubstituível e pra onde quer que eu me vire, não vejo saída alguma, saída pra essa angústia, essa dor, de não saber sobre o amanhã, de não saber bem ao certo o que eu sinto ou o que quero. Faço tanto esforço pra conseguir ser otimista, e esperançosa, tento imaginar que em algum momento da minha vida, eu vou encontrar a resposta, ou melhor, as respostas,  respostas sobre os amores, amigos, família, carreira e futuro, mas a única coisa que eu consigo imaginar, nas verdade que eu consigo enxergar é que eu nunca vou descobrir resposta nenhuma, e que minha vida vai ser eternamente construída de dúvidas e incertezas, e aí eu me pergunto se é assim que ela deveria ser, se é assim que ela deve permanecer.Quis escrever um texto que pudesse gritar pro mundo tudo o que eu estava sentindo, quis explodir no choro, mas olhei pro espelho pra identificar meu melhor ângulo. Lembrei do conselho antigo que falava que a dor, se verdadeira, nunca era egocêntrica... Sorri. É porque no fim daquela noite estranha eu ainda procurava pela menina antiga que um dia eu fui... A menina que não estava sujeita a tantas críticas externas e a tantos julgamentos... De si. Senti um misto de arrependimento e medo. Medo da indefinição de não saber do que será de amanhã. Medo de não gostar do destino, porque a estrada às vezes é confusa, e escura, solitária e triste... Quis esbanjar felicidade, mas não consegui... Às vezes as palavras não conseguem traduzir o que a gente sente. Às vezes a gente não sabe que diabos é isso que a gente sente. E ou inventa, ou confunde, ou qualquer coisa, sei lá... Acho que eu queria que alguém me salvasse. Mas eu sei que ninguém pode. Estou presa dentro de coisas que nem sei se existem, mas que sufocam de um jeito... E eu deveria enxergar perspectiva e leveza, mas nessa madrugada eu só sinto vazio... Queria ser otimista, mas não sei se acredito. (No amor, ou em mim.) Talvez seja devaneio. Acho que é devaneio. Então fecho os olhos... E esqueço.

2 comentários:

  1. puxa... tenho pra ti uma notícia: não és a única a passar por isso, talvez faça parte do processo de amadurecimento ou então da cadeia do destino traçado pra cada um, mas o fato é que muitos desses momentos virão... confusões, indecisões, paradoxos, incertezas... fazem parte da vida, não há como fugir... tudo está aí, para nos fazer crescer... ou é melhor pensar que seja por isso...

    belo post!

  1. Efusivo! Realmente efusivo. Não quero que fique tranquila, a tranquilidade não tem nada a ver com o que vc está passando, mas é tudo normal. Fim de adolescência, portas da maturidade à vista, encontro de rio e mar. Hora o mar avança contra o rio, hora o rio penetra o mar. E no meio disso tudo vc fica como uma conchinha lançado às ondas.
    Ou seja, nada de tranquilidade. É a hora do turbilhão. Curta esta etapa. Experimente os paradoxos, deixe-os deslizar pelos lábios, saboreie-os. Quando as águas se acalmarem verá como foram maravilhosos esses dias intensos.

    bjs.

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