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A vida é um grande trem circulando numa gigante estação. Num primeiro momento, estamos no vagão da infância, e pelo lado de fora deste, vemos as paisagens da inocência, dos amores.
Na estação seguinte, a adolescência, as paisagens mudam, encontramos os sonhos, as preocupações, as alegrias, as tristezas, as desilusões.
Na estação adulta, as paisagens do trabalho, da profissão, do futuro, do dinheiro, e enfim, na estação idosa, a última de uma longa viagem, chega enfim o momento de parar.

Não é fácil parar. Interromper qualquer coisa é contra todo o sentido humano de continuidade da vida. O nosso sonho é ser como um relógio, nunca parar, e contar  o tempo sem a mínima preocupação de saber que tudo tem um fim..

A ultima parada é a morte. Talvez seja por isso em que 99% das religiões acreditem em vida após a morte. É o desejo de dar continuidade ao ciclo da vida, é o apelo desesperado para que possamos continuar, sem nunca se preocupar com o fim. E talvez realmente, não haja um fim, e que tudo possa ser eterno


  • último texto do ano de 2010 , que nesse ano de estréia do Cinco Bics, vocês  leitores assim como nós escritores, possamos ter um aprendizado que possamos carregá-lo por toda uma vida, ou para além dela.
  • Agora iremos dar uma parada nos posts, até pelas circunstâncias, fim de ano, a maioria de nós  vamos viajar e etc.. Será um tempo bom, para refletirmos e escrever novas idéias para esses posts.
  • Pretendemos voltar lá pelo dia 10, de Janeiro. Que já vai ser corrido para alguns aqui que irão tentar Vestibulares (meu caso)
  • Então nada mais posso desejar que um feliz 2011 com muita paz, amor, alegria e que não parem de sonhar e acreditar nos seus sonhos, porque eles valem à pena.


... tanto bem que eu te queria. Quem curtiu Os Trapalhões na década de 80 do século passado conhece bem essa música (tá bom, eu sou antiguinho mesmo). 2010 está acabando e já estou com saudades dele. Pra mim foi um ano maravilhoso, ano de reconstrução, apesar de alguns reveses inerentes à caminhada. Eu poderei fazer uma análise da relação desta data com a pretensa mudança da realidade, do efeito mágico da última badalada do dia 31 de dezembro, primeira de 01 de janeiro, afinal sou filósofo, mas prefiro aproveitar este último post do ano para celebrar.

Vou celebrar primeiro os últimos. Este blog surge no final de 2010 como sinal de que estou realmente de volta, criativo, livre, produtivo. O Cinco Bics é um dos grandes motivos de alegria deste ano. Antes dele teve meu retorno à missão, voltei a fazer palestras, pregações, graças aos meus amigos Cristina e Rogério, meus doces irmãos. O retorno às festas também é algo a ser celebrado. Muita dança, muita alegria, muitos encontros.
Capítulo especial é o nascimento do meu afilhado. Uma luz na vida de minha irmã e na minha também. Pedrinho veio para devolver-me a ternura, tantas vezes escondida na seriedade de quem já não queria ser terno. Com ele festejo as conquistas da minha irmã, uma guerreira superando as barreiras que a vida lhe tem imposto. Vê-la vencer é uma alegria indescritível. Costumo me alegrar com a vitória dos outros. Minha irmã vem vencendo.
O São João deste ano, que eu adiantei para maio e estiquei até agosto, foi sensacional. Dancei muito, revi muitos amigos. Mas antes dele houveram conquistas materiais importantes. Montei o meu computador e dei-lhe o nome de Brainiac. Ele se tornou meu centro de entretenimento onde vejo TV, DVD, converso, faço arte, leio, crio, ouço música, toco música... Também comprei minha bicicleta (pedalar é muito bom). Construi a primeira parte da minha casa. Consegui um emprego que me proporcionou tudo isto. E tem tb a capoeira. O Griô Capoeira me resgatou e ensinou-me a levantar com mais força depois de cada queda.
Agora só me resta agradecer e esperar para 2011: terminar meu loft, viajar mais, encontrar com as meninas do Cinco Bics (só as conheço virtualmente), dançar muito, jogar muita capoeira, perder a barriga, estreitar os laços de amizade, encontrar uma namorada e comprar meu carro.

Feliz 2011


Eu não sou o tipo de garota que desobedece, sabe. Eu sou daquelas que não correm atrás dos obstáculos e sim, que deixam eles virem, para ai sim enfrentá-los. Eu não sou do tipo de garota que tem atitude para absolutamente tudo. Dizem que garotas comportadas não fazem histórias. Eu digo que garotas comportadas pensam duas vezes em qual tipo de história fazer. Eu não quero ser lembrada por quantos eu fiquei ou pelo que eu fiz de ruim, de ousado, de assustador, de anormal. Eu quero ser lembrada por quem eu conheci, pelos que eu fiz de amigos, por quão linda, simpática, gente boa e interessante eu sou. Eu não quero que me apontem na rua, eu quero que me acenem.
Eu sou daquelas que remoem mas não falam. Que odeiam mas fingem. Que quando confrontadas, respondem e que caso contrário, deixam a situação de arrastar. Sou daquelas que não precisam de motivos pra gostar de alguém e levam isso mais como defeito que como qualidade. Sou daquelas que amam com paixão. Que sofrem por escolhas antes mesmo de fazê-las. E que se arrependem fácil.
Eu sou daquelas fáceis de gostar e que gostam fácilmente. Das que quando sentem segurança, acabam deixando algo escapar.
Sou daquelas que esperam muito e quando não recebem se decepcionam mais ainda. Mas que sofrem caladas. Sou daquelas carinhosas, amigáveis e tímidas. Das que não gostam de brigas mas, incrivelmente, acabam se metendo em cada confusão, em cada problema...
Eu sou daquelas que PRATICAM O APEGO. Se ligou?
Das que gostam mesmo, sorriem mesmo, ligam mesmo e sofrem mesmo. Das que se importam com as amigas que não se importam com elas. Das que se importam com a felicidade de todos ao seu redor como se fosse a sua própria felicidade. Felicidade essa que as vezes é deixada de lado, com a desculpa comum de ser por um bem maior.
Mas, apesar disso tudo, sou daquelas que não se acomodam. Que correm atrás do que querem (dependendo, claro, do que seja). Sou das criativas, complicadas e não muito comuns. Das lerdas e lentas. Das que adooooooooram esportes. Das que se preocupam com o corpo e com a saúde, das que se preocupam com as notas. E com as faltas - todas elas.
E sou daquelas, também, que querem principalmente mudar essa situação.
Eu queria ter mais confiança em mim mesma e no que eu quero. Queria não ser tão indecisa e me preocupar menos. Muito menos. Queria ser menos tímida e mais solta. Queria ter menos vergonha e não ligar se o que eu estiver fazendo for o que eu quero.
Queria não pensar dez vezes antes de me jogar numa pista de dança. Queria ser mais eu e menos o que querem que eu seja. Queria ter menos medo e mais ousadia.
Mas só querer não muda nada. Só pensar, só me interessar... Não é nada sem o fazer. Tá ai, queria fazer mais ao invés de apenas listar minhas precisões. Queria depender menos dos outros e muito, mas muito mais de mim.
Talvez o erro seja só meu, por esperar das pessoas, o que só pode vir de mim.


Oi gente, voltei.
Inicialmente, quero desejar a todos os leitores e aos meus companheiros aqui do blog, um FELIZ NATAL e um Ano Novo maravilhoso!
Depois, quero desejar pra Mari, forças nesse momento difícil que ela e a família estão passando, mas que eu sei que eles vão passar e que tudo vai se acertar com o tempo.
Bom, por último, acho que era só o meu que tava faltando né? HAHA. :]
Apois, um beijo enoooorme pra todos da morena aqui :*


Não tenho humildade ao ponto de pedir desculpa pelos meus erros comigo mesma, mas eu reconheço e sei que isso não é o suficiente. Eu queria ter estado mais lá, ter aprendido melhor a me proteger das bombas que me
atingiriam sem fazer barulho ou poeira, sem deixar marcas. Eu queria ter escolhido melhor o que dizer naquele momento, esses dias, eu queria isso também e queria conseguir escolher melhor o que vou dizer daqui a pouco, amanhã, depois. Queria ter dado 'bom dia' para o estranho que vi na rua e que eu percebi nos olhos que tudo que ele precisava era ter um dia bom. Eu queria diminuir esse meu desejo de querer sempre ouvir as coisas certas, nas horas certas. Quando eu cheguei em casa com os olhos tremendo devido a tentativa de segurar as lágrimas, eu deveria ter feito eles pararem de tremer e deixar elas caírem. E queria ter me dado conta da vida e de seu 
significado um pouco antes. Eu queria não ter tido certas conversas, nem ter tomado certas decisões. E queria ter sido menos franca e publicado com menor prepotência certas idéias e opiniões. Queria não ter deixado de lado brincadeiras importantes e não ter escolhido ficar até tarde na cama enquanto poderia estar colocando em prática todas as idéias tidas na noite anterior. Queria ter dormido e acordado mais cedo, ter preservado mais meu organismo, ter sido menos cruel com a casca de minha alma. Queria ter desabafado mais e exposto menos. Gostaria de ter ouvido mais os conselhos de quem sempre se preocupou comigo, gostaria de ter me preocupado mais com algumas pessoas, ou melhor, demonstrado essa preocupação. Queria muito conhecer histórias além das minhas, coisas que ultrapassassem os limites do fútil, coisas que me mostrassem a quantidade de humanos me cercam. Gostaria de ter sido mais humana em algumas situações, de ser mais segura e mais inconsequente. Queria entender que não há futuro, que o presente não pode ser contado e que todos os segundos de nossa vida tornam-se passado o mais rápido do que podemos imaginar. Queria ter sido mais corajosa e ter olhado o mundo além do meu nariz, ter saído do meu casulo, ter notado que há muitos no mundo além de mim e que esses muitos também possuem necessidades, angústias e histórias, por mais miseráveis que pareçam. 
Gostaria de ter usado meu senso critico e minha capacidade mental para coisas um pouco mais úteis, ter escondido menos meus sorrisos e ter sido menos carcereira de mim mesma. Queria ter enxergado antes a falta de fronteiras no mundo. E é o que dizem, a felicidade é uma eterna construção. Às vezes você precisa repensar, unir forças, desenclausurar-se, recomeçar quantas vezes forem necessárias.


***Esse é o meu último texto do ano, então desculpem se por um acaso postei antes de alguém, precisava fazer isso agora. O meu Natal e de toda minha família não está sendo o que se pode chamar de um bom Natal, na verdade acho que o pior de todos os tempos... Eu tenho vontade de chorar mas seguro minhas lágrimas e deixo meus olhos tremerem, mais uma vez eu cometo erros e acho que nunca vou conseguir fazer as coisas certas... Bem me dispeço por aqui... Desejando que 2011 seja melhor que esse ano. Pra vocês e pra mim. Um grande abraço à vocês leitores,agradeço por toda atenção que vocês têm dado ao Cinco Bics, agradeço aos meus colegas por ensinaram muito nesse finalzinho de ano. Um feliz natal à todos e um prospero ano novo...


Quando li o texto do meu amigo Gesner Bremer me vi em um dilema. Havia dito que não faria posts comentando outros posts, mas num comentário eu não conseguiria expressar o que penso do que li. Fosse um texto de alguma das doces senhoritas daqui eu agiria com a parcimônia dos cavalheiros. Mas como trata-se de Gesner passarei por cima do que disse antes e escreverei um post só para comentar o seu desejo de ver caídas as máscaras. E serei direto.

Desculpe decepcioná-lo amigo, mas as máscaras são aderessos necessários para o baile da sociedade. O Pacto Social exige seu uso. Rostos sem máscaras jamais construiriam uma sociedade legítima.
Imagine todas as verdades expostas a olho nú. As decepções, raivas, tristezas, alegrias, excitações, glórias, tudo exposto sem os limites postos pelas máscaras. Quem toleraria ver a plena verdade do outro bem diante dos olhos? Acaso não se enraiveceria ao descobrir que o outro não concorda consigo? E, sem máscaras, não demonstraria plenamente sua raiva? Vc mesmo caro amigo, caso encherga-se perfeitamente o que todos pensam deste seu cabelo, de verdade, como se sentiria?rs.
O fato é que as máscaras estão aí para proteger as relações interpessoais, sem elas as fronteiras do respeito e do apreço dariam lugar a uma anomia insuportável.

Mas também são ferramentas de defesa própria. Ou você gostaria realmente de ver todas as suas fraquezas expostas ao mundo? Todas elas, até aquelas que vc não conhece ou não aceita. Ninguém quer expor suas vergonhas em público. Pouca gente está disposta a contemplar tais vergonhas. As máscaras nos garantem um porto seguro quando o medo e a vergonha nos afligem. Elas nos permitem refugiarmo-nos em nós mesmos para encontrar reforço. Atrás delas as pessoas podem proteger-se daqueles que queiram entrar em suas vidas como ladrões, somente para matar e destruir. É com elas que selecionamos quem queremos que nos conheça e até que ponto queremos que conheça. A máscara é garantia de privacidade e individualidade.

É lógico que pode tornar-se um problema quando usada como fuga da realidade. Se bem que em alguns momentos fugir da realidade pode salvar sua vida. É que não importa que se usem máscaras, importa que elas não apaguem nossos rostos.

Saudações juvenis.


Tem sido difícil ter que sobreviver com essa sensação de tempo perdido, e ao mesmo tempo, uma sensação de não ter tempo suficiente pra perder, minha vida tem sido assim um paradoxo, ao mesmo tempo em que espero ansiosamente pelo futuro, tenho um medo absurdo do que está por vir. Isso é estranho, e me pergunto se as outras pessoas se sentem da mesma maneira, tenho medo de ser a única, de ser louca ao mesmo tempo em que quero ser incomparável e insubstituível, mas me lembro que ninguém é insubstituível e pra onde quer que eu me vire, não vejo saída alguma, saída pra essa angústia, essa dor, de não saber sobre o amanhã, de não saber bem ao certo o que eu sinto ou o que quero. Faço tanto esforço pra conseguir ser otimista, e esperançosa, tento imaginar que em algum momento da minha vida, eu vou encontrar a resposta, ou melhor, as respostas,  respostas sobre os amores, amigos, família, carreira e futuro, mas a única coisa que eu consigo imaginar, nas verdade que eu consigo enxergar é que eu nunca vou descobrir resposta nenhuma, e que minha vida vai ser eternamente construída de dúvidas e incertezas, e aí eu me pergunto se é assim que ela deveria ser, se é assim que ela deve permanecer.Quis escrever um texto que pudesse gritar pro mundo tudo o que eu estava sentindo, quis explodir no choro, mas olhei pro espelho pra identificar meu melhor ângulo. Lembrei do conselho antigo que falava que a dor, se verdadeira, nunca era egocêntrica... Sorri. É porque no fim daquela noite estranha eu ainda procurava pela menina antiga que um dia eu fui... A menina que não estava sujeita a tantas críticas externas e a tantos julgamentos... De si. Senti um misto de arrependimento e medo. Medo da indefinição de não saber do que será de amanhã. Medo de não gostar do destino, porque a estrada às vezes é confusa, e escura, solitária e triste... Quis esbanjar felicidade, mas não consegui... Às vezes as palavras não conseguem traduzir o que a gente sente. Às vezes a gente não sabe que diabos é isso que a gente sente. E ou inventa, ou confunde, ou qualquer coisa, sei lá... Acho que eu queria que alguém me salvasse. Mas eu sei que ninguém pode. Estou presa dentro de coisas que nem sei se existem, mas que sufocam de um jeito... E eu deveria enxergar perspectiva e leveza, mas nessa madrugada eu só sinto vazio... Queria ser otimista, mas não sei se acredito. (No amor, ou em mim.) Talvez seja devaneio. Acho que é devaneio. Então fecho os olhos... E esqueço.


Ontem, foi meu último dia de aula, junto com a confraternização da minha sala. Para a maioria de nós, estamos juntos desde antes da quinta série. Eu, por exemplo, estou com eles desde a primeira. Ano após ano. Há pessoas, é claro, que me marcaram mais que outras. Que fizeram parte da minha vida de um jeito INCRÍVEL. Indescritível e extremamente especial. E eu gostaria muito de agradecer a elas.

O fim de um início é definido de um jeito muito simples. Acabou. Por certo espaço de tempo, muitos não se verão, falarão ou se quer lembrarão das coisas boas que aquela pessoa fazia para você no dia a dia. Não lembrarão do sorriso de todos-os-dentes, dos bons dias desejados, das ajudas, da simpaticidade. Não ligarão para isso. Eu acredito que também farei parte dessas pessoas. Há pessoas com quem a proximidade de todo dia não foi profunda ou se amargou com discussões idiotas. Mas há um fato que eu não posso mudar, que é universal. Eles me fizeram quem sou hoje. Não só eles, mas todas as pessoas que já passaram pela minha vida. A desconhecida guria da praia. A professora louca da alfa. A primeira paixão. O primeiro amor. O primeiro beijo, o primeiro namorado. Os amigos verdadeiros. Os nem tão verdadeiros assim. Os só conhecidos. Os amores. Os ódios. Todos.
Talvez, se eu não tivesse conhecido aquela menina banguela, de cabelo curto e de pele morena em uma viagem e descoberto que ela tinha o mesmo nome que o meu, eu não gostaria dele como gosto hoje. Talvez achasse ele muito incomum, curto e chato. Lisa. Puramente sem graça. E se não tivesse estado no apartamento pequeno, apertado e confraternizado com a mulher da porta do outro lado do corredor eu não tivesse gostado tanto de sorrir sem ter pra que, talvez não fosse simpática e na verdade, acabasse sendo alguma metida que se acha auto-suficiente e que não precisa distribuir sorrisos e nem gosta de recebê-los. Urgh. Ou se não tivesse amado perdidamente aquele garoto, o mais velho, que nem sabia que eu existia e que eu queria que continuasse assim, talvez eu me tornasse alguém que não acredita nesse sentimento tão bonito, que não se apaixona fácilmente e que não se apega. Pior ainda, talvez, se meu querido amor platônico acabasse descobrindo de sua existência em meu coração, acabasse por destruir minha ilusão e transformasse meu amor perfeito em um amor-não-coorespondido-e-desgostoso e assim eu me tornasse amarga. Triste. E desacreditasse no meu gostar sincero.
Chega é dificil pra mim imaginar. Eu, desacreditando no amor. No gostar, no querer. Meu deus, que mundo seria esse em que eu não teria chorado meus horrores porque meu coração batia tão forte no peito e ninguém lhe dava a atenção merecida? Que mundo maluco, sem noção e de sem-pé-nem-cabeça seria esse em que eu não amasse como eu amo, não sofresse com esses mesmo amores para poder aprender com eles, poder crescer com eles e entender que nada é realmente perfeito. Que, na verdade, o perfeito somos nós quem construímos, a cada dia, a cada momento compartilhado, a cada palavra dita com sinceridade. E que a amizade é a força mais incondicional e necessária. O pedaço que sempre falta. E que sempre completa.
O que seria de mim? Se não, não existir?

O que me faz e define são meus momentos, meus erros, minhas paixões mais sofridas, mais amadas e mais fortes, meus choros - aqueles mesmos, do chão do banheiro, de tarde da noite, de encharcar meu travesseiro ou de derramar rios na frente do pc, lendo e relendo uma única frase, uma única conversa - mais ardidos, as batidas mais aceleradas do meu coração, os sorrisos mais lindos, mais dedicados e até os mais difíceis. Os olhares mais sedutores, mais interessantes e mais atentos e felizes que eu possa ter dado. É tudo meu que foi de outros.
Eu própria, descubro agora que não me pertenço. Pertenço a mil pessoas. A todos que passaram pela minha vida e me conheçeram, ou apenas me viram. Todos os que gostaram de mim, que se apegaram, que me sorriram, que dividiram ou não momentos comigo. Eu pertenço a meus amigos, a minha família. Eu pertenço aos meus amores, eles e elas.
Eu sou lembranças, assim como eles, que durarão para sempre. Aqui, ó 


Postado por Lisa Benevides.

pS; Marina de Paula postando pra Lisa Benevides enquanto ela está fora.


Salve Salve queridos leitores!!


Já repararam em como a arte imita a vida? ou será que é o contrário?. Não importa, essas questões provavelmente nunca serão resolvidas, mas minha vida ultimamente pode ser comparada a arte, mais precisamente a um baile de máscaras.


Os personagens estão todos mascarados, ninguém quer revelar seu rosto, suas atitudes, pois um minimo detalhe será suficiente para entregar a sua verdadeira identidade, a sua face, mesmo estando coberta por uma  máscara.
No Baile, todos estão acompanhados, dançando as sinfonias da vida, sejam elas tristes, alegres, ou até mesmo as sintonias falsas. Porém, no baile de máscaras, estou só.

Sou o Bobo da corte, sou encarregado de entreter os convidados,faze-los sorrir, se alegrarem.Eu, inocente,dou a minha alegria, mas em troca nada recebo. Os mascarados me olham indiferentes, com um ar de superioridade,e me classificam como um estranho,como apenas mais um "objeto" do baile .


Porém ainda aguardo ansiosamente o momento final do baile, onde as máscaras caem, e poderei olhar profundamente nos olhos dos mascarados, e enfim, ver o que se escondiam em seus rostos..


Faz um tempão que não posto alguma coisa por aqui. Não posso dizer que estava com saudades pois, se não escrevi, li tudo que as meninas e os coisas escreveram nestes dias. Mas isso só não basta, é egoísta demais receber sem entregar. E não se trata de troca. Troca lembra retribuição, pagamento e isso acaba com aquilo que há de mais belo na relação verdadeiramente humana: a gratuidade.

Uma doação só é doação de fato se não houver retribuição, do contrário não passa de escambo (mesmo que seja em suaves prestações, num prazo interminável). É verdade que isto não é elemento natural na cultura de hoje. Gratuidade parece ter se tornado um aspecto fechado ao universo da religiosidade. Mesmo assim nem de toda a religiosidade. Muçulmanos, por exemplo, tem a retribuição como elemento presente na sua relação com o próximo e com Allá. Allá retribui a você as obras que você faz por ele e você deve retribuir a Allá pelo bem que ele te faz. A lei mosaica, do judaísmo antigo, tem visão semelhante da retribuição. Espíritas seguem linha semelhante, embora disfarçada, quando consideram que as ações humanas refletem na evolução ou não do espírito, e más ações podem redundar em carmas na vida futura.

Esse negócio de gratuidade, parece ser invenção de Jesus Cristo. Essa coisa de não buscar recompensa, amar sem motivos ou interesses, convidar para sua festa aqueles que não podem lhe dar presentes ou fazer outra festa para te convidar, amar os que não te amam, os que não te retribuirão o amor com amor. Isso é coisa de Jesus Cristo. Mas não exclusivamente dele. O jovem Sidarta, conhecido como Buda, também seguia uma linha semelhante. Fazer o bem, pelo bem que pode ser feito. Não aceitar recompensas por isto, é sua obrigação fazer o bem. Ser bom não é mérito e sim realização de sua própria natureza.

Platão e, muito mais tarde, Kant, falavam desta realização do bem por ele próprio. Aquele que encontra a verdade contempla o sumo bem e, inebriado por ele, já não consegue praticar outra coisa senão o bem. Este bem, na moral kantiana, está dentro de cada um e deve ser cumprido por uma pulsão interna. O verdadeiro bem não é movido por leis ou regras morais, ou por recompensas ou promessas de futuras retribuições. Ele move-se por si mesmo. o bem pelo bem.

Isso é ser gratuito. Embora na nossa sociedade pseudo cristã trate-se da relação com Deus como um mercado (Jesus me curou, em retribuição eu me “converti”; Jesus me dá isso que eu faço aquilo; e assim por diante) Jesus nunca quiz saber disto. Morreu na cruz por toda a humanidade, não somente pelos “convertidos”, “santos” ou os seus seguidores. Entregou-se para libertar toda a humanidade. E não pediu nada em troca. Também não esperou que ninguém pedisse a ele que fizesse isso. Viu que era bom e fez. Como ele São Francisco deixou a vida de riquezas e foi viver como mendigo nas ruas de Assis. Não queria nada em troca. Schindler se desfez de todos os seus bens para salvar milhares de judeus do extermínio. Nenhum deles poderia devolver-lhe o bem que lhes fez. Ghandi sentou-se e jejuou pela libertação do seu povo. E tantos outros pelo mundo a fora viveram e vivem a gratuidade.

Penso que esse seja um dos segredos da felicidade. Viver gratuitamente. Não buscar recompensas. Contentar-se com o prazer de fazer o bem, de fazer alguém melhor, de tronar o mundo melhor. Ser bom, independente das conseqüências que virão (acredite nem sempre quem planta o bem colhe o bem), elas sempre serão transformadas em belas oportunidades para se melhorar. Assim se pode gozar o melhor da vida, ela mesma.


Ontem foi meu último dia de aula, e eu não poderia escrever sobre outra coisa a não ser sobre o turbilhão de sentimentos que passam por mim agora, sabe aquela sensação de alívio? E ao mesmo tempo aquela saudade começando a bater.
Quando penso que vou acordar todos os dias de manhã, sem ter que me arrumar pra ir pra escola e chegar lá encontrar todos os meus colegas. Apesar de todos os defeitos, apesar das brigas, foram eles que fizeram parte da minha vida nesses últimos anos, eles que me fizeram rir, e por algumas vezes chorar, mas foram eles que ajudaram a construir parte da Marina que sou hoje. E fico me perguntando, o que vai ser de mim sem meus colegas todos os dias, sem meus amigos, sem meus professores, sem ter que olhar pra o rosto deles todos os dias e dizer bom dia.
E pensar que a coisa que eu mais queria ultimamente era que o ano acabasse, e agora eu queria que o tempo voltasse, voltasse pra eu evitar as brigas que causei, pra evitar as inimizades que criei, pra desgostar das paixões que gostei e pra gostar de quem realmente merece carinho. Eu queria que o tempo voltasse, voltasse pra eu pedir perdão por não ter cedido o ombro quando precisaram dele, por não ter ajudado quando precisaram de mim, por não ter dito que os amava antes, queria não precisar ter ficado embriagada pra conseguir chorar e dizer "eu os amo e vou sentir falta de vocês"
Queria que tanta coisa tivesse acontecido, mas infelizmente, agora não posso fazer mais nada. Mas eu ainda quero, quero desejar sucesso a todos e muita felicidade e dizer que muito obrigada por terem me feito tão feliz.


Hoje, resolvi ao invés de postar crônicas, como tenho feito nas últimas postagens, exibir em nosso blog uma prosa poética que fiz em abril de 2008. A importância desse texto para mim se deu, e se dá, porque logo depois, mais precisamente 1 ano e meio, compilei tais prosas e construí um texto com personagens voltado para teatro, que infelizmente por ocasiões adversas não foi ao palco nesse mês de novembro (iriamos estreiar no Teatro Municipal Margarida Ribeiro, aqui na cidade de Feira de Santana). Sim, foi uma série de prosas-poéticas que fiz  cujo o tema é Maria - mulher, sem dúvida rodeado por uma nuvem que mantém esse nome com um espírito sacro (como diria Cézar Ubaldo, "mariologia"). Espero que gostem...
P.S: Não esqueci da postagem anterior Na verdade o que as mulheres são?, e vou abrir uma enquete nesse blog, atendendo, lógico, o pedido de uma grande amiga minha - que por sinal escreve muito bem - Paula Gesteira. ESPERO COMENTÁRIOS...



MARIA

Sobre os infernos do mar
infernos que de longe nem sei por onde começar...
A balsa balança.
Seja  rio, seja mar
nem sei...
Somente sei, que de tão longe
onde se começa
avisto um homem na areia sentado,
olhando para o alto,
contando minuciosamente as estrelas
que respondem
com o seu cintilar e com as estrelas cadentes.

O Céu se cobre e torra o chão.

O homem se levanta,
traga o ar...
traga mais uma vez
e apaga o ar como quem apaga o cigarro...

Sei, homem,
o seu mar é só seu.

A fúria repentina e repetitiva das ondas,
a doce mulher que corre,
corre
corre
corre e continua a correr pela praia,
pela varanda,
pelo bosque...

Coqueiros dos campos
balançam o cheiro do amor para mim:
é você mar revolto.
Acabou com minhas palavras
minhas invejas
minhas mentiras
Tornou vida e obra sacrifícios para mim!

Sobre o mar, avante todos os infernos...
Sob o mar afronte a mim nos infernos.

Jorge Raimundo
02 de abril de 2008


Me deu vontade de falar sobre nada, é. 
Comecei a pensar um pouco no final das coisas, por esses dias. Não pelos motivos que chegam ao final, mas o que acontece após dele. Não é sobre o final de um namoro, embora eu ache que as condições se apliquem a ele também. Não é sobre o final da vida, pois, venhamos e convenhamos, a partir daí você já não pode fazer muita coisa, certo? (:
É sobre o sentimento queas vezes, nos toma sobre as coisas que perdemos e que deixamos escapar. Ou que escapam da gente sem que possamos fazer nada. A falta, as lembranças e a nostalgia. O algo-especial que nos lembra de vez em quando e nos faz sorrir, com toda aquela recordação de felicidade que carrega os vestígios do sentimento; Mesmo que, este, tenha ido embora a muito tempo. Vocês não acham curioso, quando fecham os olhos e relembram algo de muito tempo antes e conseguem sentir aquela onda, nem que seja uma marolinha, do sentimento antigo, empoeirado, que faz seu coração bater mais rápido, os olhos brilharem e a saudade apertar? Eu sempre me assusto com isso. Como aquele vestígio de felicidade bate a sua porta e te abre um sorriso de novo. E mesmo que depois daquilo tenha acontecido coisas que só te botaram pra baixo e te fizeram querer esquecer, aquela lembrança fica guardada em seu véu de paciência, calmaria e beleza; intocada, até que venha a te fazer exatamente como fez quando aconteceu: feliz
Nem que pouco. Nem que você não perceba de imediato. Nem que a saudade te arrebate depois e a tristeza te feche os olhos brilhantes e faça escorrer arrependimento salgado pelo rosto. Eu peço que não esqueça o quanto foi feliz. Peço que não deixe que o mundo arrebate seu sorriso ou te amargue em arrependimento. Peço que mesmo que todo o resto em você morra, faça a lembrança daquele sentimento brilhante e encantador chamado felicidade continuar vivo em você. Talvez ele valha mais do que você imagina. Talvez ele seja tudo, só não tenha mostrado isso ainda a você.