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O profeta e filósofo Genival Lacerda já denunciava:

“A gente é sem vergonha
a gente é que não presta.
O mundo pegando fogo
e nóis aqui na festa”

O Egito está passando por um dos momentos mais dramáticos de sua história recente. Um momento marcante para o próprio mundo islâmico. O povo está nas ruas desafiando a polícia e o exército para pedir a renúncia do seu presidente. Um movimento popular libertador tão inesperado que o próprio presidente não sabe o que fazer. Os “arautos da DEMOcracia” (EUA) somente pedem calma, afinal não irão contra o governo que financiam e apoiam. Israel, pau-mandado dos “arautos” colocou-se na posição de observador. E, evidentemente, os outros países do mundo árabe não vão se meter, eles já têm seus próprios problemas.

No Brasil milhares de vítimas da maior catastrofe da nossa história. Centenas de mortos e milhares de desabrigados, feridos, desdignados. Todo o país uniu-se numa corrente de solidariedade. Cada um leva seu donativo ao posto mais próximo e cumpre sua obrigação, lava sua consciência no balde da boa ação. Enquanto os morros caiam, subia os salários dos nossos governantes. Os mesmos que não realizaram as obras necessárias para evitar uma tragédia anunciada.

A Bahia está cavalgando rumo ao topo do tráfico e consumo de drogas no país. Os morros do Rio estão sendo invadidos pelas UPP’s e em Salvador os grupos criminosos se organizam cada vez mais, repetindo a escrita carioca, sem qualquer resistência, como se fosse algo novo e inesperado, jamais visto em nosso país. De lá governam o crime nas principais cidades do estado. E ainda há quem estranhe as quadrilhas de assaltantes de bancos formada por membro de várias cidades do estado.

Feira de Santana é conhecida em todo o estado como a cidade onde “o bicho pega”. Campeã em mortes violentas, assaltos, formação de milícias e outras coisas do gênero. Dá vergonha chegar em outra cidade e ver o que pensam da minha cidade. Maior ainda a vergonha quando um cliente me diz que pra comprar em Feira precisa ter cuidado porque só tem “esperto”.

E nóis? Na festa. No quarto, na frente do computador, assistindo isso tudo no youtube, ou nos blogs de notícias políciais. Dando risada do ladrão que diz que essa é a sua profissão. Achado comovente a história da família destruída pelo tráfico. Chorando ao ver a criança que sobreviveu mas perdeu pais, irmãos e parentes. Assustando-se com a explosão de indignação de um povo. Mas incapazes de explodir de indignação, abraçar um orfão, apoiar um dependente, cobrar ações sociais de prevenção e coibição que ao menos diminuam a entrada de tantos jovens no mundo do crime.

Pra festejar isso tudo fiquem com Genival Lacerda e Marcelo Nova.

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2 comentários:

  1. Impressionante como vivemos cercados pelo que vai de mal a pior e conseguimos nos tornar cegos diante disso. Como fica a ação? Onde, na verdade, está a justiça? Acabo me lembrando um tanto de engenheiros do hawaii : somos quem podemos ser, era um garoto, dom quixote..
    Gostei muito do texto, verdade mesmo, desejo sucesso ao blog.
    Um beijo !

  1. A gente nem grita mais por justiça.
    Texto muitoo bom mesmo. Parabéns colega!

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