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Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio...
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca... Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio!
Que a música que ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza!
Que o homem que eu amo seja sempre amado, mesmo que distante! Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece, e nem repetidas com fervor... Apenas respeitadas, como a única coisa que resta a uma mulher inundada de sentimentos...
Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo...
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço... E que essa tensão que me corroi por dentro seja um dia recompensada...
Porque metade de mim é o que penso, mas a outra metade é um vulcão...
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável... Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembre ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, e a outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito, e que o teu silêncio me fale cada vez mais... Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço...
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba. E que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer... Porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção...
E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor, e a outra metade... também!



Adaptação da mensagem que foi lida pelo Mestre Raul (Atual Presidente do Templo-Mãe) para o Mestre Beto (Trino Ajarã) 
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De Raul Zelaya para seu irmão Gilberto Chaves Zelaya (Trino Ajarã)
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http://anoro.vilabol.uol.com.br/index.html Aqui está a mensagem original.

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